As Favelas e o Urbanismo Social.
Sinopse
Enquanto as projeções populacionais pelo mundo crescem, sobretudo em cidades de países em desenvolvimento, as favelas e os assentamentos informais seguem o mesmo ritmo, se estabelecendo como um dos maiores e mais complexos desafios dos centros urbanos. Então, como podemos olhar essas formações urbanas para gerarmos impactos positivos nelas? Podemos pensar além do conjunto habitacional? Até onde o arquiteto urbanista tem alcance? Para ajudar a encontrar essas respostas, convidamos para o ecoar.q a Elisabete França, arquiteta, doutora pela universidade Mackenzie, e ex-secretária municipal de transportes e de habitação em São Paulo.
Elisabete França
Elisabete França foi secretária municipal dos transportes até dezembro de 2020, além de ter tido um papel importante na discussão do problema habitacional brasileiro, onde é uma grande percursora no enfrentamento de ordem prática, além de voz das mais influentes no tema. Entre 1993 e 2000, coordenou a recuperação urbana e ambiental da bacia do Guarapiranga, primeiro programa de urbanização de favelas implantado em larga escala na cidade de São Paulo. Foi ainda coordenadora entre 2004 e 2007 de projetos vinculados a financiamento do banco mundial, do banco interamericano de desenvolvimento e un-habitat em vários países, com destaque para México, El Salvador, Honduras e Timor-Leste. Entre 2010 e 2012 foi secretária de habitação e entre 2005 e 2012 foi superintendente de habitação da secretaria da habitação da cidade de São Paulo, onde coordenou a elaboração do plano municipal de habitação e vários programas habitacionais com destaque para urbanização de favelas, recuperação urbana e ambiental nos mananciais e recuperação de cortiços na região central da cidade. Ainda no serviço público de 2015 a 2018 foi a diretora de planejamento e projetos da companhia de desenvolvimento habitacional e urbano do estado de São Paulo, CDHU, organizadora de diversas publicações a Elisabete também tem destacada atuação acadêmica e leciona na FAAP.
Com este currículo e trajetória, Elisabete é personagem essencial para entendermos por que as favelas continuam tão presentes na realidade brasileira e como podemos lidar com os seus problemas e questões habitacionais.